6.8.10

Bico de Brasa / Chora-chuva-preto

Foto: Alexander Galvao

Nome Científico: Monasa nigrifrons
Família: Bucconidae
Ordem: Galbuliformes
Distribuição: Na Amazônia brasileira e depois do Piauí aos estados do Centro-Oeste, Minas Gerais e Oeste de São Paulo. Fora do Brasil é avistado na Colômbia, Equador e Bolívia.
Habitat: Matas de várzea, igapós, matas de galeria, formações de bambus em matas ripárias ribeirinhas e ilhas fluviais, além de matas secas à margem de rios e babaçuais.
Alimentação: Insetos (que ocasionalmente captura no ar) e pequenos vertebrados.
Reprodução: Faz seus ninhos em barrancos ou no solo, geralmente em buracos compridos. Incuba até 3 ovos, brancos e brilhantes.

A plumagem do corpo é cinza-escura, quase negra. Mas o bico, em compensação, parece se acender no meio da mata, de tão vivo. É de um vermelho-alaranjado impossível de não ser notado. Assim pode-se descrever o chora-chuva-preto, conhecido ainda pelos nomes de tanguru-pará e bico-de-brasa (e não sem razão).
Foto: Alexander Galvao

Seus hábitos também chamam a atenção, a começar pela cauda, que balança continuamente. Às vezes gira-a lentamente, em movimentos circulares ou "de remar". Noutras, simplesmente, a eleva e a abaixa de tempos em tempos. Além disso, segue grupos de macacos e formigas-de-correição, aproveitando que ambos deixam suas presas perturbadas e, por conseqüência, fáceis de serem capturadas.

O chora-chuva-preto tem o hábito de viver aos pares ou em grupos. Em qualquer um dos casos, uma coisa é certa: tem sempre cantoria ao entardecer. Ora pode ser num coro de vários indivíduos da espécie, ora em duetos de casais. O chora-chuva-preto é o maior de sua família (tem, em média, 27,5 centímetros de comprimento).

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Sapo Cururu

Foto ~ Alexander Galvão

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Anphibia
Ordem:
Anura
Família: Bufonidae
Género: Bufo
Espécie: B. marinus
Nome científico: Bufo marinus
Nome em inglês:
Cane Toad

Descrição

O sapo cururu é o anfíbio mais comum entre a fauna brasileira, medindo entre 10 e 15 cm. Os macho possuem uma coloração amarelo-parda ou até esverdeada e são menores que as fêmeas, que, por sua vez, são de coloração marrom. Vivem por aproximadamente 10 a 15 anos em ambiente natural e até 20 anos em cativeiro.

Foto: Alexander Galvao
Você sabia que o sapo cururu possui duas glândulas de veneno na parte posterior da cabeça?
Ele possui esse mecanismo para se defender de um possível predador, por exemplo, uma serpente. Quando ele se depara com uma cobra, ele levanta as patas, ficando mais esticado, parecendo maior, e inclina-se como se oferecesse as glândulas de veneno para que a cobra mordesse. Na maioria das vezes esse mecanismo funciona, pois mesmo que a cobra o morda, ela logo perceberá que ele tem um gosto desagradável, devido ao seu veneno e por esse motivo ela o soltará e, provavelmente não voltará a tentar se alimentar de um sapo cururu novamente.

Foto ~ Alexander Galvão
  Alimentação

O sapo cururu possui hábitos noturnos e terrestres. Por esse motivo é mais comum encontrá-lo se alimentando durante à noite. O sapo percebe sua presa através do movimento que ela faz e também pelo cheiro. Ele a captura com sua língua e seus olhos grandes o auxiliam a deglutir o alimento, pois quando eles se fecham ajudam a “empurrar” a presa para o estômago. Os sapos são úteis ao homem porque com seu grande apetite comem muitos vermes, lagartas e insetos nocivos de várias espécies. 

Reprodução

Na época do acasalamento, que ocorre próximo à primavera, os sapos se deslocam até a margem de poças permanentes e/ou temporárias (lagos, pântanos). Os machos então vocalizam a fim de atrair as fêmeas e aquele que lhe agradar mais poderá copular com ela. A reprodução é externa e a fertilização dos ovos ocorre através do "abraço nupcial" (cópula) à medida que os ovos são expelidos pela fêmea. Os ovos são postos em fileiras que podem alcançar até 5 m de comprimento. Os girinos nascem entre 10 e 16 dias depois e levam de um a três meses pra se tornarem adultos. Primariamente surgem os membros posteriores e depois os anteriores, terminando com a queda da cauda.
Ameaças
 
O número de espécies de anfíbios vem diminuindo gradativamente, devido a sua alta sensibilidade à poluição da água e do ar. Dessa forma podem ser considerados excelentes indicadores biológicos de áreas degradadas. E isso seria mais um bom motivo para conservá-lo.
Distribuição geográfica e Habitat

Sul do Texas (EUA), México e América Central, norte da América do Sul (Brasil, Bolívia, Equador e Peru), habitando Cerrados e florestas tropicais.

Foto ~ Alexander Galvão

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Alma-de-gato (Piaya cayana)

Foto ~ Alexander Galvão

A alma-de-gato é uma ave cuculiforme da família Cuculidae. Também é conhecida pelos nomes populares de alma-de-caboclo, alma-perdida, atibaçu, atingaçu, atingaú, atinguaçu, atiuaçu, chincoã, crocoió, maria-caraíba, meia-pataca, oraca, pataca, pato-pataca, piá, picuã, picumã, rabilonga, rabo-de-escrivão, rabo-de-palha, tincoã, tinguaçu, titicuã, uirapagé e urraca.
Etimologia: Piaya - origem desconhecida; Cayana - de Caiena, na Guiana Francesa. [FRISCH, 112] 

Características

Apresenta plumagem ferrugínea nas partes superiores, peito acinzentado, ventre escuro, cauda longa, escura e com as pontas das retrizes claras, bico amarelo e íris vermelha.
Sua cauda excepcionalmente grande a torna inconfundível, a não ser na amazônia, onde existem duas outras espécies próximas, o chincoã-pequeno (Coccycua minuta), que como o nome diz é bem menor que o alma-de-gato e o chincoã-de-bico-vermelho (Piaya melanogaster), que além do bico, difere por apresentar a barriga negra e por possuir uma mancha amarela próxima ao olho. Mede cerca de 50cm (contando a cauda). 

Alimentação

Alimenta-se basicamente de insetos, principalmente lagartas, que captura ao examinar as folhas, inclusive em suas partes inferiores. É curioso notar que come até mesmo lagartas com espinhos aparentemente venenosos. Também consome frutinhas, ovos de outras aves, motivo pelo qual é muitas vezes afugentado por suiriris e outras espécies que estejam com ovos e filhotes. Também caçam lagartixas e pererecas

 

Reprodução

Na primavera, início do período reprodutivo, canta incansavelmente durante todo o dia. O ninho é em forma de panela rasa, feito de galhos frouxamente entrelaçados. A fêmea bota cerca de 6 ovos, que possuem uma casca com aspecto peculiar devido à aparência mineral. Os pais se revezam tanto na incubação, que leva cerca de 14 dias, quanto na alimentação dos filhotes, que permanecem no ninho por cerca de uma semana e passam mais duas na dependência dos pais

Hábitos

Seu nome em inglês, ``squirrel cuckoo´´, literalmente traduzido como ``cuco - esquilo´´ expressa muito bem o comportamento desta ave, que lembra muito os esquilos pelo modo como pula entre as ramagens com sua longa cauda. Já seus dois nomes mais comuns em português: chincoã e alma-de-gato, referem-se respectivamente à sua vocalização e ao seu modo sorrateiro, até mesmo um tanto misterioso, pois apesar de seu tamanho consegue se deslocar sem ser facilmente notado. Ocorre em matas ciliares, matas secundárias, capoeiras, parques e bairros arborizados até mesmo das maiores cidades brasileiras. Habita os estratos médio e superior dessas matas, deslocando-se através da copa das árvores e arbustos, quase nunca descendo ao solo. Anda sozinho ou aos pares. Uma ave que gosta de planar,e para isso,apresenta duas caudas,uma interna e outra externa. Para voar abre a interna (que é a listrada)e a cauda parece aumentar.Isso ajuda a ave a planar com facilidade.

Curiosidades

Seu canto se assemelha ao gemido de um gato, por isto é conhecida como alma de gato. Voa rápida e silenciosamente entre os galhos da floresta à procura de insetos. Ainda, consegue imitar o canto de outras aves, especialmente o do bem-te-vi, que é de fato parecido com sua própria vocalização.

Distribuição Geográfica

Ocorre em todo o Brasil e tem uma vasta distribuição na América Latina.
  Ocorrências registradas no WikiAves

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Bico Doce - Calango - Ameiva

Foto: Alexander Galvão
Nome Científico: Ameiva ameiva
Família: Teiidae
Ordem: Squamata
Distribuição: Ocorre do Paraná até o Sul do Brasil e também no Norte da Argentina.
Habitat: Matas e cerrados.
Alimentação: Onívoro, costuma se alimentar desde insetos até vegetais.
Reprodução: O macho persegue a fêmea e quando a alcança, posiciona-se sobre ela, mordendo a região da nuca. Após o acasalamento, a fêmea deposita entre 2 e 6 ovos em meio às folhas. Os filhotes nascem após cerca de dois a três meses de incubação.
Acredite se quiser. Bico-doce bem que poderia ser uma ave, mas é como o largato Ameiva ameiva é conhecido popularmente no Brasil. Ele tem porte médio (pode alcançar 55 centímetros de comprimento), vive entre 5 e 10 anos e é muito comum no Paraná, embora ocorra em quase toda a América do Sul. Parte desta abundância tem a ver com a sua adaptação a qualquer lugar de vegetação aberta e também clareiras na mata.
Foto: Alexander Galvão

Dono de hábitos diurnos e terrícolas (que prefere o chão ao invés de árvores e arbustos), ele passa quase o dia todo se aquecendo ao Sol. De movimentos rápidos, o ameiva, também chamado de calango-verde ou jacarepinima, normalmente se esconde junto à folhagem, já que mescla castanho, creme, verde e alguns tons azuis. Outra parte de seu tempo gasta procurando alimento, literalmente metendo o bico aqui e ali (hábito que provavelmente lhe valeu o nome mais comum).

Outro hábito, ao final das refeições, é limpar a boca raspando-a contra alguma superfície forte. Mas nem tudo são flores: algumas serpentes, o lagarto teiú e ainda certos gaviões são seus principais predadores.

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jitiranabóia

Reino: Animalia
Filo:
Arthropoda
Classe:
Insecta
Ordem:
Homoptera
Família:
Fulgoridae
Género:
Fulgora
Espécie:
F. lanternaria
Nome científico:
Fulgora lanternaria
Outros nomes: Jetiranumbóia, jitiranabóia, jiquitiranabóia, jequitirana-bóia, tirambóia, jaquiranabóia, cobra-voadora, cobra-do-ar e cobra-de-asa

Descrição

A jequiranabóia (do tupi-guarani: iakirána = "cigarra" e mbóia = "cobra"), é um inseto homóptero, como as cigarras, sendo conhecida também por cobra-voadora: sua cabeça tem aspecto que lembra a cabeça de um réptil (cobra ou jacaré), com falsos dentes.
É inofensivo, mas sua aparência deu origem a crendices. Possui uma cabeça intumescida, em forma de fava de amendoim, e quitinizada, com um tubérculo perto da base, semelhante a um grande par de olhos. Seus olhos verdadeiros são pequenos, com uma fina antena junto deles.
As asas são amareladas, pontilhadas de pardo e preto. As asas posteriores possuem grandes ocelos, lembrando grandes olhos, como nas borboletas-coruja (Caligo illioneus). Medem de 6 a 7 cm de comprimento com o dobro de envergadura. Raramente ultrapassam os 10 cm de comprimento. Quando estão de asas fechadas, a aparência na qual são associados às crenças se evidencia.
De seus ovos eclodem ninfas, que ao realizarem a última muda, fazem a metamorfose e se tornam adultos alados.
É um animal de hábitos crepusculares, voando sobre as florestas tropicais. Nas cidades, é atraída pela luminosidade das ruas, como outros insetos. Quando pousados, têm o hábito curioso de andar de lado e para trás.
Os inimigos naturais das jequiranabóias são aves (garças, corujas etc.), mamíferos (primatas e carnívoros), répteis (serpentes e lagartos) e anfíbios (sapos). Os fulgorídeos podem ser parasitados por larvas de vespas e por lagartas que vivem de forma sobre alguns insetos, alimentando-se de suas secreções.
Alimenta-se do néctar de frutas e seiva de vegetais, retirados por sucção através de seu aparelho bucal em forma de canudo.

Habitat
São comuns na América do Sul, em grande parte no território brasileiro. Podem também ser encontradas nos países da América Central, na Venezuela, Colômbia e Peru.
Vivem nas florestas tropicais.
A jequiranabóia era vista com grande freqüência no interior das pequenas cidades brasileiras, mas atualmente estas observações são muito raras, pois estas e muitas outras espécies acabaram sendo confinadas em determinadas regiões.

Este confinamento é resultado da devastação, da caça predatória (tráfico de animais) e da poluição, que estão a cada dia mais intensas, exaurindo a biodiversidade de nosso planeta.

Foto: Jairo Galvão em 19/08/2010 na cozinha do sítio.

Curiosidades
É considerada um exemplo significativo do folclore brasileiro. A possível bioluminescência que deu origem ao nome "lanternaria" (lanterna), ainda continua sem confirmação. Acredita-se que este fenômeno origine-se de bactérias fotogênicas que se desenvolveriam sobre a cabeça dos exemplares. Em algumas comunidades e aldeias indígenas existe até hoje o mito da jequiranabóia.

Segunda a lenda jequi, caso pouse em uma pessoa ou uma planta, esta secará completamente e definhará até à morte. A crença é originada do fato de os animais serem por vezes encontrados em troncos secos, acreditando-se que ao sugar sua seiva, levou a morte o vegetal. Na realidade a jequiranabóia é um inseto inofensivo, o contato físico com ela não causa nenhum mal. Só ocorrerá algum dano ao vegetal se o número de insetos que o sugam for muito grande e a planta já estiver debilitada.

Existe também a crença, incorreta, de que é um animal venenosíssimo, pelo fato de se assemelhar a uma serpente. Isso é ainda muito acreditado pelas pessoas que vivem nas zonas distantes das cidades e próximas a florestas. Essas crenças e folclores fazem parte de nossa cultura e não devem ser apagadas de nossa história.

Fonte: http://zoovirtualbr.blogspot.com

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Onça Pintada


Classificação científica 

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Panthera
Espécie: P. onca
Nome binomial: Panthera onca
Linnaeus, 1758

Onça com cria uma grata surpresa
É com uma enorme satisfação que abrimos nosso blog com a informação de que temos uma onça pintada em nossa região, e melhor, não está só, segundo “Bira” ex-caçador e morador antigo da região trata-se de uma fêmea de aproximadamente 70 kg acompanhada de filhote que não foi possível precisar a idade, ela já tinha aparecido no sítio Flor do Campo de propriedade do Seu Sátiro a mais ou menos um mês, e tinha abatido um bode.


Distribuição geográfica
A onça-pintada (Panthera onca), onça, jaguar ou jaguaretê é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani jaguarete. Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.
A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.


Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas e savanas, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existe em praticamente todos os países da América continental:Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai.

No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS(Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO.

A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos ocasionais, no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

Onça-preta
A onça-pintada se parece muito, à primeira vista, com o leopardo. Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.

A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 2,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 115 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 70 cm, sendo o maior felino das Américas.

A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.

A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.

Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

A onça-preta, também conhecida por jaguar-preto, é uma variação melânica da onça-pintada ou Jaguar, ou seja, a onça-preta e a onça-pintada são da mesma espécie (Panthera onca), mas a onça-preta possui mais melanina, que dá tonalidade escura ao seu pelo.
[editar] Alimentação
A Onça-Pintada é o único felino que é capaz de perfurar o casco de uma tartaruga.

A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás e até mesmo jacarés. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jibóias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara

As onças-pintadas são solitárias e só buscam a companhia de um par durante a época de acasalamento. A gestação dura em média 100 dias e até quatro filhotes podem ser gerados.

Os machos atingem a maturidade sexual em torno dos três anos, e as fêmeas, com dois anos. Em cativeiro, as onças vivem até 20 anos; já a expectativa de vida para as onças selvagens cai pela metade.

Na época reprodutiva, as onças perdem um pouco os seus hábitos individualistas e o casal demonstra certo apego, chegando inclusive a haver cooperação na caça. Normalmente, o macho separa-se da fêmea antes dos filhotes nascerem. Em geral nascem, no interior de uma toca, dois filhotes - inicialmente com os olhos fechados. Ao final de duas semanas abrem os olhos e só depois de dois meses saem da toca. Quando atingem de 1,5 a 2 anos, separam-se da reprodutora, tornando-se sexualmente maduros e podendo assim se reproduzirem.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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